quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Carta do 3o Encontro da América Latina e Caribe das Mulheres da Economia Solidária

Divulgado por Maribel Kauffmann no site do FBES.

A economia solidária é uma prática, econômica e social, que se estende pelo mundo inteiro, sendo a América Latina uma das regiões onde mais vem se desenvolvendo, produzindo experiências alternativas, que se contrapõe à lógica excludente do sistema neoliberal e do mercado capitalista.
E nós, mulheres, estamos na base desta construção, no campo e na cidade; na agricultura; na produção e nos serviços; ligadas às nossas comunidades e à movimentos diversos, gerando alternativas - não apenas econômicas mas também de inclusão social e de sustentação da vida, em todas as suas dimensões. 

Um encontro de mulheres da economia solidária traz toda esta riqueza e significa troca e renovação de compromissos. Por isso, esta experiência é potencialmente geradora de avanços para melhorar a situação de nossas comunidades, de nossos países, reforçando a caminhada de construção de uma nova alternativa para a humanidade, onde as necessidades da vida sejam predominantes.

Como mulheres, valorizamos o trabalho reprodutivo e o cuidado com nossas famílias e nossas comunidades. Sabemos da importãncia deste trabalho para a sustentação da vida e queremos que seja reconhecido, valorizado e transformado em ações sociais e políticas públicas.

Como mulheres, temos sofrido com a desigualdade, a discriminação, a violência, que nos anulam, nos invizibilizam, despotencializando nossa capacidade e reproduzindo um mundo onde somos consideradas cidadãs de segunda categoria em muitas dimensões.

A economia solidária tem sido um espaço importante de busca de alternativas, de nossa autonomia económica, de revelar nossa capacidade produtiva, de nos afirmar como trabalhadoras e como construtoras de um mundo novo, baseado na cooperação, na autogestão e na solidariedade.

Toda esta construção, a partir das proposições que temos elaborado e amadurecido nos nossos encontros, apontam para a necessidade de reafirmarmos nossos compromissos, bem como apontar novos, com um olhar voltado para o Rio Grande do Sul, para o Brasil e para a América Latina e Caribe. Assim, apresentamos, abaixo, a síntese das disussões realizadas nos Grupos de Trabalho do 3o Encontro da América Latina e do Caribe das Mulheres da Economia Solidária, contendo os nossos desafios.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Oficinas Territoriais

As oficinas estão balizadas nos processos de construção do saber que ocorrem nos espaços de troca do projeto, procuramos constantemente uma dinâmica contextual e horizontalizada, fortalecendo o espaço da troca de saberes e o intercâmbio de experiências. De novembro de 2012 à 15 de julho de 2013 foram realizadas 03 oficinas de Economia Solidária e Metodologia de Fundos Rotativos Solidários, envolvendo um total de 100 pessoas na temática. 

A 1ª Oficina Territorial da Região Metropolitana de Salvador, realizada nos dias 16 e 17 de março de 2013, contou com a presença de empreendimentos solidários do território da Região Metropolitana de Salvador, do Extremo Sul e Recôncavo Baiano. Essa dinâmica é estabelecida para oferecer às experiências da região metropolitana uma oportunidade de entendimento mais amplo do cenário de Fundos Rotativos Solidários na Bahia e promover trocas diversificadas de saberes. É interessante observar que esta oficina contou com 100% de adesão das experiências de FRS do território. No total participaram 34 pessoas em dois dias de atividades.

Grupo apresentando o resultado das discussões – Oficina Metropolitana.
O objetivo central da atividade foi oferecer uma formação que discutisse noções de Economia Solidária e trabalhasse a Metodologia de Fundos Rotativos Solidários com um recorte para o ambiente urbano. 

Nesse contexto, a metodologia utilizada procurou unir momentos de exposição/provocação de ideias entrelaçando com os trabalhos de grupo. Havendo, também exposição de experiências de FRS mais urbanas e implementadas no Estado da Bahia, como a Associação Lutar Pela Vida em Abundância, localizada em Teixeira de Freitas e a Associação Santa Luzia, localizada no município de Salvador. 

A exposição das experiências permitiu que os grupos participassem ativamente, levantando questões, esclarecendo dúvidas e debatendo ideias. Tal fato expõe que os encontros entre experiências diversas proporcionam aprendizados de saberes e práticas distintas.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3 organizou o 1º Intercâmbio do projeto de acompanhamento de Fundos Solidários

Em julho a Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3 organizou uma caravana de empreendedores solidários para participarem do Evento Mundial de Economia Solidária, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Lá ocorreram a 2ª Feira Mundial de ECOSOL e o 2º Fórum Social de ECOSOL. Foi o 1º Intercâmbio do projeto “Para Fortalecer as Finanças Solidárias no Estado da Bahia, através da Consolidação de Metodologias de Constituição, Implementação e Gestão de Fundos Solidários”.


Este intercâmbio de experiências foi concebido dentro do espaço do Comitê Gestor de Fundos Rotativos Solidários da Bahia, com foco na participação e interação do grupo de educadoras sociais e representantes de 10 empreendimentos solidários no evento Mundial de ECOSOL.

A participação objetivava a troca de conhecimento, experiência e solidariedade entre os diferentes representantes dos empreendimentos solidários e as várias iniciativas expostas na 2ª Feira Mundial de ECOSOL,  além da participação nos seminários e oficinas do 2º Fórum Social de ECOSOL.

Este evento proporcionou vários espaços de reflexão e construção do saber. Nos seminários e oficinas o grupo pode refletir sobre conceitos norteadores da Economia Solidária; pode conhecer novas metodologias de empreendimentos solidários; debater sobre o papel das etnias na construção de uma nova economia, protagonismo feminino, educação popular contextualizada e soberania alimentar.

O objetivo dos próximos intercâmbios é promover a articulação das diferentes experiências acompanhadas sobre Fundos Rotativos Solidários (FRS) com outras organizações; possibilitar que os empreendimentos solidários possam se fortalecer para participarem, de forma articulada, em redes na perspectiva de promover trocas de experiências sobre a realidade dos FRS; e promover um diálogo com outras metodologias para o desenvolvimento local sustentado e solidário, como a Convivência com o Semiárido, a Transição Agroecológica, Economia Criativa, etc.