sexta-feira, 27 de março de 2015

Seminário marca encerramento do Projeto Fortalecer Finanças Solidárias do Estado da Bahia


O Seminário Final do projeto “Fortalecer Finanças Solidárias do Estado da Bahia” ocorreu nos dias 18 e 19 de março, no Hotel Vila Mar, em Salvador. Esse projeto foi desenvolvido durante dois anos e meio e teve como objetivo consolidar metodologias de constituição, implementação e gestão de Fundos Rotativos Solidários em 11 territórios da Bahia.

Representantes da SENAES (José da Boa Morte), da SESOL/SETRE (Milton Barbosa), da Cáritas Regional Nordeste 3 (Luciana Sarno), do Comitê Nacional de  Finanças  (Bárbara Schmidt-Rahmer) e do Fórum Baiano de Economia Solidária (Débora Rodrigues) estiveram presentes no evento e participaram da mesa de abertura. Foram convidados também representações dos 20 grupos acompanhados durante a execução do projeto.

O primeiro dia do seminário foi marcado por reflexões sobre os avanços da metodologia de Fundos Rotativos Solidários (FRS) no Estado, considerando os impactos as ações desenvolvidas por esse projeto, e os desafios que ainda existem e precisam ser superados.
A assessora da Cáritas Regional Nordeste 3, Amanda Santos, apresentou a sistematização preliminar do projeto Fortalecer Finanças Solidárias e do processo de assessoria realizado a partir do que foi elaborado coletivamente na Oficina de Sistematização, que ocorreu nos dias 06 e 07 de março, em Salvador. Amanda ressaltou que todo esse material vai ser organizado para compor a revista nacional da CFES (Centro de Formação em Economia Solidária), com proposta para ser publicada ainda nesse semestre.

Na parte da tarde, os participantes se reuniram em grupo para participar de rodas de conversas com temáticas voltadas para a importância do mapeamento para identificação de novas experiências e o papel das redes como estratégia de fortalecimento dos territórios de identidade. A primeira roda de conversa foi conduzida com o apoio da ALVA (Associação Lutar pela Vida Abundância), de Simaia Barreto, pesquisadora do campo das finanças solidárias e de Bárbara Schmidt –Rahmer, membro do Comitê Gestor de Fundos Solidários da Bahia, enquanto a segunda roda foi conduzida por Juliana Alves da REFAS (Rede de Feiras Agroecológicas e Fundo Rotativo Solidário do Piemonte da Diamantina) e de Maíra Barbosa, articuladora de redes da Cáritas Regional Nordeste 3. O debate buscou apontar os avanços e desafios a partir dos territórios e na perspectiva de construção de ações conjuntas.

No segundo dia, a mesa foi composta com a presença de Mãe Nilza Nascimento, representante do Ilê Axé Yê Pandá Odé e Lara Andrade, coordenadora dos Centros Públicos, onde se abordou sobre a importância da relação de parceria entre os fundos rotativos solidários e os centros públicos em seus territórios. Os participantes socializaram o que debateram nas rodas de conversas e aproveitaram para expor suas dúvidas sobre o papel dos Centros Públicos.
Os convidados Dirceu Conceição Santos e Marcos Paulo, da COFINS (Coordenadoria de finanças da SESOL/SETRE), expuseram seus programas de crédito para os grupos e o coordenador da COFINS, Weslen Moreira, se apresentou, ressaltando que visitará todos os grupos em seus territórios.

Já no final do evento, os representantes dos grupos fizeram uma avaliação do processo de assessoria da Cáritas Regional Nordeste 3. Muitos abordaram que esta metodologia deveria acontecer com maior frequência e de forma paralela à execução de seus projetos, já outros disseram entender os diferentes níveis dos grupos acompanhados. Para Paula Lima, assessora da Cáritas Regional Nordeste 3, o processo de assessoria na metodologia de FRS foi uma estratégia que conseguiu garantir o fortalecimento dos grupos, principalmente, para os que ainda estavam em fase de fomento, pois deu condição para que esses se enxergassem como sujeitos promotores de ações de desenvolvimento dentro dos seus territórios e em condições de dialogar com outros em diferentes espaços políticos.

Como perspectiva de futuro, Milton Barbosa, superintendente da SESOL/SETRE, disse que há expectativas concretas e imediatas, como o lançamento do Edital de Fundos Rotativos Solidários; a integração dos FRS com os Centros Públicos de Economia Solidária existentes, onde cada Centro terá disponível o serviço de crédito através dos FRS para os empreendimentos dos territórios e a gestão desses espaços sendo feita, em algumas regiões da Bahia, por grupos que já utilizam a metodologia de Fundos Rotativos Solidários.

Foto: Arquivo Cáritas Regional Nordeste 3 

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